Autoria: Juliana Ventura de Souza Fernandes
Editora: Fino Traço Editora
ISBN: 9788580544794
Páginas: 424
Publicação: 2022 1º Edição
Encadernação: Brochura
Sinopse
O sensível trabalho de Juliana Fernandes obriga a repensar nossas concepções de “pesquisa histórica” e “história indígena”. Ao iniciar os diálogos com os indígenas, a pesquisadora, com a escuta refinada de quem tem a dupla formação em História e Psicologia, soube ouvir como provocação a interrogação que lhe devolveram: “Que é isso de ditadura, minha filha?”. Então, buscou compreender a ditadura militar brasileira (1964-1988) na perspectiva indígena, com o povo Xakriabá (MG), a partir de um cruzamento entre epistemologias indígenas, historiografia e antropologia. Encontrou (e nos apresenta) uma guerra com temporalidades próprias, analisada em diferentes durações temporais. Uma guerra de resistências, sim, mas também de práticas de existência e de “fazer mundos”, embasadas em sua cosmovisão.
Sumário
Lista de abreviaturas
Prefácio
Ana Maria Gomes
Apresentação
Célia Xakriabá
Introdução
Convenções
Parte I – Os Xakriabá e (alguns de) seus repertórios resistentes
1. Temporalidades Xakriabá – o “Tempo dos Antigos”
2. O “Tempo da RURALMINAS” e a institucionalização da violência
3. A “Busca dos Direito” – circulação e alianças nas lutas dentro e fora do território
4. Epistemologias nativas e a indigenização de marcos da historiografia “tradicional” – contrapontos a uma narrativa colonial
5. (Des)encontrando a FUNAI – “sangue de índio” e a reatualização de dispositivos eugênicos durante a ditadura
Parte II – Uma guerra (neo)colonial. As batalhas do Sapé
1. A guerra contra os corpos
1.1 O caso Célio Horst – os índios inocentes e pacatos e a ameaça comunista
2. A guerra contra a “cultura”
3. A Guerra contra o Cerrado
Parte III – Cosmopolíticas de Memória Xakriabá
Prólogo - Sobre o “amor” e a “amizade” pela terra: princípios de uma pedagogia resistente fundada em um território-dádiva
Um território-dádiva
1. “Romarias dos Mártires Xakriabá” e “Momentos de reflexão” – entre as alianças com os “de fora” e a “cultura daqui”
A 30ª Romaria dos Mártires Xakriabá (2017)
A 31ª Romaria dos Mártires Xakriabá (2018)
1ª Parada – Aldeia Itapicuru
2ª Parada
3ª Parada
4ª Parada – Chegada ao local da chacina
2. “Demarcando Tela” – o cinema como (re)ativador da memória Xakriabá
Considerações Finais
“Fazer-mundos”, “adiar fins de mundos” e outros devires (Ou o que os Xakriabá e os povos indígenas nos ensinam sobre a história da ditadura)
Referências
1. Fontes Primárias
ANEXO
Anexo I – “Certidão verbum-adverbum”. Uma doação
Produzimos livros elaborados com cuidado e publicados com profissionalismo, atendendo ao público acadêmico. Além disso, temos a Tracinho / Traço Jovem: um selo infanto-juvenil destinado às crianças e jovens.