O livro procura recuperar a memória do coletivo, surgido em Belo Horizonte, em 1978. Formado por "trabalhadores em arte, como se denominavam”, segundo a autora, Cemflores nasceu na efervescência do movimento estudantil, e atuou de forma decisiva na contracultura de Belo Horizonte nos anos 1980, período marcado pelo processo de redemocratização do país.
O coletivo foi fundado por quatro poetas — Avanilton de Aguilar, Carlos Barroso, Luciano Cortez e Marcelo Dolabela (1957-2020) — mas logo se expandiu com a chegada de dezenas de outros escritores, artistas plásticos, músicos e pessoal do teatro.
“O coletivo buscava repensar a práxis das esquerdas, por meio de realização de ações poéticas. Publicava revistas e dezenas de livrinhos em xerox e mimeógrafo, distribuía poesia em greves e atos pela anistia, realizava recitais, exposições de arte postal e experiências sonoras que culminaram na criação de bandas de estilo pós-punk”, diz Albinati, citando o exemplo dos grupos Sexo Explícito, Divergência Socialista e Último Número.
Autores: Clara Albinati
ISBN: 978-85-8054-666-8
Páginas: 400
Publicação: 2025
Encadernação: Brochura
Sumário
O que a gente fez foi lutar contra uma cidade
1
Uma trama desejante
Museu hippie
Uma imagem sísmica
Uma década quase perdida
Fabulações críticas
Uma estrutura
Acordem, mortos, recordem / Os vivos não querem lembrar
2
Que Cemflores desabrochem
Primeira dentição
Avanilton de Aguilar
Carlos Barroso
Luciano Cortez
Marcelo Dolabela
Invenção de Cemflores
Política e cultura
Transformações políticas
Transformações culturais
Antropofagia
A República dos meninos
Quem desafia o coro dos contentes
3
A greve do poeta operário
Um governo antioperário
Fotos 3x4, digitais, manchas de sangue
Carteira de trabalho
Greve!
O poeta operário
Cemflores-pirata#2
4
Quem ainda escreve postais?
Arte postal na América Latina
1ª Mostra Internacional de Arte Postal de Belo Horizonte
Todos os arquinimigos dos Supermen
Luciano Cortez
Adriana Bizzotto
Ilka Boaventura
Valéria Jacovine
Juca (Geraldo Graciano)
Gato Jair (Jair Tadeu da Fonseca)
Rubinho Mendonça
Roberto Soares
Vanita Aguilar
Carlos Augusto Novais
Marcelo Dolabela - o poema é uma ideia
5
Tem que pirar!
Movimento estudantil e poesia marginal
Movimento estudantil nos “anos de chumbo”
Tendências
Uma reflexão sobre a porra-louquice
Ações performativas na UFMG
Roseta
Ex-Cemflores
Sexo Explícito
Bar Canil
Divergência Socialista
Bijoux O’Hara
Último Número
Cultura, meu bem!
Estou vendo uma esperança
Mao Tsé-Tungs
Nossa onda de amor não há quem corte
Viver a vaia
6
Revolução da sensibilidade
7
Das ideias e seus lugares
Atlântida submersa
Nosso norte é o sul
Conceitualismo latino-americano
Como vai você, geração 80?
Ativismos artísticos
Descentrados
Inferno
Feliz 94
Vanguarda/ utopia/ poesia
Espartilhos
Como falar poesia depois do fim da utopia?
Fahrenheit 451
Poema pós-utópico
Utopia medíocre
Palavra e mundo
8
Conclusão?
Roney e Dani
Tamos vivos
Como Cemflores termina?
Nós vamos partir juntos
Referências
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