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Organizadores: Norberto O. Ferreiras
Editora: Fino Traço Editora
ISBN: 9788580546057
Páginas: 213
Publicação: 2023
Formato digital (PDF)
Sinopse
Com o livro que aqui apresentamos, produto do projeto Capes-Print “Desigualdades globais e sociais em perspectiva temporal e espacial”, continuamos com a apresentação das nossas pesquisas sobre uma temática que tem se estabilizado nos últimos anos como um campo de estudos em crescimento constante e com novas publicações: a questão das Desigualdades. Há uma demanda crescente da sociedade para analisar a forma em que se produzem e reproduzem as desigualdades em sociedades que prometem a necessidade de alcançar um certo grau de igualdade entre os seus membros. A promessa da democracia e dos governos democráticos é a de alcançar a convivência ao interior da sociedade e para isso unicamente seria possível com a diminuição dos conflitos e o mais importante de todos é o conflito redistributivo.
Estas questões nos levaram a estudar as desigualdades de forma variada e múltipla tentando compreender as suas causas e a sua dispersão ao longo de sociedade e regiões diferentes. Essa proposta de estudo foi lentamente encontrando o caminho de pensar o fenômeno como multicausal e que precisa de um tratamento interdisciplinar, que não pode ser visto como próprio de uma determinada sociedade. Certamente as desigualdades devem ser analisadas e estudadas de forma tal a oferecer uma compreensão das suas causas e de como lidar com as suas consequências.
Todos os trabalhos apresentados aqui foram realizados por historiadores pelo que a temporalidade terá uma forte marca pessoal nas análises que serão apresentadas. O marco temporal no seu conjunto não está limitado ao período do capitalismo, embora este seja uma maquinaria poderosa de criação e reprodução das desigualdades, os artigos aqui apresentados demonstraram como essas desigualdades se manifestaram desde tempos anteriores ao próprio Capitalismo. Essa constatação poderia nos levar a pensar que a existência de desigualdades é inerente às sociedades humanas e que no capitalismo não poderia ser muito diferente. Ou seja, devemos pressupor a existência de desigualdades porque é uma caraterística própria das sociedades humanas. A afirmação é possível, porém nos deparamos com as desigualdades crescendo consideravelmente no capitalismo e as mesmas podem ser mensuradas pela distribuição dos ingressos e do acesso a recursos e bens pelos seus integrantes. Uma das constatações dos artigos destinados a analisar períodos pré-históricos é que nos demonstram que a existência das desigualdades não necessariamente acarreta grandes diferenças no acesso aos recursos entre os integrantes de uma sociedade, as diferenças podem estar marcadas pelos rituais e posição dentro da sociedade, como veremos.
Norberto O. Ferreiras
Súmario
Introdução ao livro “Desigualdades passadas e presentes. Estudos sobre as Desigualdades em perspectiva diacrônica”................................. 5
Norberto O. Ferreras
PARTE 1 - Desigualdades na longa duração
Medidas da Desigualdade? Um olhar a partir da arqueologia funerária para a Idade do Ferro Europeia.................................................... 13
Adriene Baron Tacla
Hierarquia e sentido: Um ensaio sobre expressões enfáticas em enterramentos no caso das estelas daunias.................................. 31
José Eduardo M. de Medeiros
Explorando as assimetrias da Necrópole de Martinet da Primeira Idade do Ferro..................................................................................... 61
Thaís Rodrigues dos Santos
Parte 2 - As organizações internacionais e as desigualdades sociais
Desigualdade e educação na América Latina: Perspectivas em disputa no Correio da UNESCO .................................................................... 98
Giselle Martins Venancio
Ana Clara Cavalcanti
Semear os campos para encher os pratos: a FAO e a homogeneização agronômica para o desenho do mapa alimentar planetário......... 121
Karen Souza da Silva
María Verónica Secreto
Parte 3 - Debates sobre desigualdades
Um “debate” entre John William Cooke e Raúl Prebisch: desigualdades e desenvolvimento capitalista na Argentina de Perón a Onganía
(1945-1966) ............................................................................. 145
Gustavo Santos da Silva
O Princípio da Desigualdade. Visões conflitantes......................... 195
Norberto O. Ferreras
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