Autoria: Andityas Soares de Moura Costa Matos
Editora: Fino Traço Editora
ISBN: 978-8580542776
Páginas: 200
Publicação: 2020 1º Edição
Encadernação: Brochura
Sinopse
Os temas discutidos neste livro dizem respeito a questões hoje evitadas pela “filosofia universitária”. Saber se é possível uma comunidade humana sem divisões verticais entre oprimidos e opressores, bem como discutir seriamente o papel da violência revolucionária – tanto em suas formas ativas (ocupações, manifestações, ação dos black blocs etc.) quanto passivas (greve geral, desobediência civil etc.) – constitui o principal desafio de um pensar que já não pode evitar a constatação de que vivemos sob o estado de exceção econômico permanente. O mecanismo global capitalista conta com três estruturas – trabalho, espetáculo e especulação – que garantem não apenas sua naturalização (fazendo parecer eterno e inevitável o que não passa de conjuntura histórica), mas principalmente a celebração de sua glória, levando-nos a acreditar que vivemos no melhor dos mundos possíveis. Cabe à filosofia radical enfrentar cada um desses três desafios e propor novas formas de produção de riquezas que não estejam conectadas ao trabalho, entendido como outra face do capital e, portanto, tão opressivo quanto este. Do mesmo modo, é necessário denunciar a natureza espetacular do discurso que a ordem faz sobre si mesma, trazendo à luz suas fraturas e pontos fracos, o que só pode ser feito a partir de uma concepção de história descontínua, não-linear e comprometida com a tradição dos oprimidos. Um terceiro passo no projeto de uma filosofia radical seria desmascarar a retórica dos direitos humanos universa.
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