Trabalhando no Madero: da condição juvenil de seus trabalhadores à trajetória de acumulação de riquezas de uma família

Autora: Kelem Ghellere Rosso

ISBN: 9788580546408
Páginas: 286
Publicação: 2024
Encadernação: Brochura

Sinopse

“A construção da pesquisa, cujo rigor metodológico e qualidade analítica legitimam à exaustão as conclusões apresentadas, logra demonstrar o projeto político por trás da marca e do dono da empresa: o produto do grupo vai além daquele apresentado nos seus cardápios, visto que a sua produção envolve um modus de exploração, uma base ideológica e signi  cativa intervenção na esfera pública nacional.

(...)

Ao cabo, há um desenho muito consistente do modo pelo a organização da cadeia produtiva do grupo Madero e a exploração da mão de obra de jovens migrantes das regiões Norte e Nordeste fazem parte do projeto de acumulação baseado no capitalismo dependente. De um lado, “o melhor hambúrguer do mundo”; do outro, a carne mais barata do mercado.

 Profa. Renata Dutra

Sumário

Prefácio

Maria Aparecida Bridi, UFPR

Apresentação

Introdução

Capítulo 1 - Trajetória da empresa e construção da marca Madero

1.1 - A trajetória de júnior Durski na gastronomia: uma narrativa da teimosia

1.2 - Da narrativa de Durski, uma síntese

1.3 - A construção do Madero: elementos constitutivos da marca

1.3.1 - O consumo de experiência: atendimento humilde e arquitetura sofisticada

1.3.2 - As campanhas beneficentes como signo de preocupação social   70

1.3.3 - No mundo do Madero, o hambúrguer é saudável e a empresa é sustentável

1.3.4 - Personificação da marca: quando o dono é seu próprio garoto-propaganda

1.4 - Quem alimenta o Madero? A configuração da clientela

Capítulo 2 - Cadeia produtiva do Madero e acumulação de capital

2.1 - A indústria de alimentos no Brasil: o caso da cadeia produtiva Madero e seu circuito de acumulação de capital

2.2 - A estratégia da verticalização: redução de custo e controle

2.2.1 - Fábrica e Fazenda Madero: o domínio sobre a produção das matérias-primas 

2.2.2 - Logística e frota própria: a importância do controle sobre o transporte das mercadorias

2.2.3 - O sentido da verticalização do Madero

2.3 - A estratégia de expansão e financeirização da empresa

Capítulo 3 - Gestão de pessoas, condições de trabalho e perfil da força de trabalho no grupo Madero

3.1 - Recrutamento e alojamentos: a desterritorialização juvenil programada

3.1.1 - A política dos alojamentos: rotatividade e flexibilização da jornada de trabalho

3.1.2 - Os alojamentos e suas possíveis implicações para os jovens

3.2 - As condições de trabalho a partir dos dados sobre rotatividade, remuneração e jornada de trabalho

3.2.1 - Os dados da rotatividade

3.2.2 - Sobre a remuneração e a falácia do plano de carreira

3.2.3 - Jornada de trabalho: uma dimensão em conflito

3.3 - Perfil da força de trabalho: faixa etária, sexo, raça/etnia e escolaridade

3.4 - Como fica a continuidade dos estudos para esses jovens?

 3.5 - A busca pelo controle total: do produto ao funcionário

3.5.1 - As novas tecnologias a serviço do controle do processo de produção e de trabalho

3.6 – O Madero no contexto da pandemia: um capítulo não tão à parte da sua história      

Capítulo 4 - Família Durski, (i)migrações e caráter da burguesia no Brasil: uma questão étnica/racial e regional

4.1 - Questão étnica/racial na formação da classe trabalhadora no Paraná: brancos, negros e os “polacos”

4.2 - Questão regional: trânsitos de acumulação de capital e migração interna

Considerações finais

Referências