Espacializando a História: experiências e perspectivas sob o prisma urbano

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Espacializando a História: experiências e perspectivas sob o prisma urbano

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Autoria: Álvaro de Araújo Antunes; Cláudia Damasceno Fonseca; Francisco Eduardo de Andrade (organizadores)

Editora : Fino Traço Editora
ISBN : 9786589011699
Páginas : 466
Publicação: 2021   1º Edição
Encadernação : Brochura

 

Sinopse

Os estudos aqui reunidos foram originalmente discutidos no Colóquio Espaço e Habitação: Minas Gerais e Bahia (séculos XVIII e XIX) realizado em Mariana entre os dias 26 e 27 de agosto de 2019 e organizado pela Universidade Federal de Ouro Preto e École des Hautes Études en Sciences Sociales. Inscrevem-se no esforço mais abrangente de retomada do diálogo entre História e Geografia. Não se trata de inserir as histórias que aqui se contam num determinado espaço geográfico. Ou melhor, não apenas isso. Trata-se, antes e acima de tudo, de extrair da cartografia de determinados fatos uma história que de outro modo não poderia ser revelada, ou não o seriam com a nitidez desejável. Nesta reside a novidade do movimento recente, e muito promissor, sem dúvida, da aplicação dos sistemas de informação geográfica na História.

Isso explica a mobilização de fontes documentais diversificadas, de natureza vária, tanto textuais, como cadastros imobiliários (para empregar um termo mais amplo que engloba o tombo de terras foreiras, a décima predial e os registros paroquiais de terras, por exemplo), listas de cobrança e pagamento de tributos, róis de confessados, requerimentos, memórias históricas, atas das câmaras, quanto, naturalmente, fontes cartográficas e iconográficas.

Ao lado de pesquisadoras e pesquisadores experientes e com carreira acadêmica há muito consolidada, a participação de mestrandos e doutorandos do Programa de Pós-Graduação em História da UFOP documenta o papel que este desempenha no estímulo desse campo de estudos.

A obra divide-se em três partes. A primeira parte reúne resultados de investigações sobre a vida e o convívio nos espaços característicos do período colonial: vilas, freguesias e arrabaldes. Tais são os estudos de Tércio Veloso, Álvaro de Araújo Antunes e Marco Antônio Silveira, Cláudia Damasceno, Júnia Furtado, Ivete Machado, Tarcisio Botelho e Fabio Pinto. Vila Rica, a freguesia de Guarapiranga, o arraial do Tijuco, Caiena e as fazendas nos arrabaldes da fazenda do Mosquito, localizada no atual município de Coronel Xavier Chaves (MG) no período colonial são os espaços escrutinados pelos autores. Tarcísio Botelho centra sua atenção nas trajetórias de grupos familiares na freguesia de Curral Del Rei, em Minas Gerais, ao longo do século XIX.

A segunda parte volta-se para a análise das fisionomias e das representações do espaço urbano. Após a discussão conceitual entre urbano e rural proposta por Eduardo França Paiva, são apresentados os estudos de Iuri Dantas e Ruana Oliveira sobre a morfologia urbana da vila de Ilhéus ente os séculos XVI e XIX, de Maria Cristina Azevedo, sobre a organização do espaço da vila de Baependi nas primeiras décadas do século XIX, as representações da paisagem da cidade de Campanha no Oitocentos, e encerra-se com a análise de Amanda Pinheiro sobre o ordenamento das vilas goianas no mesmo período.

A última parte tem por objeto o fluxo de gentes e mercadorias nos diferentes espaços. Lícito ou ilícito. Para o século XVIII contam-se os estudos de Vinicius Maluly sobre a relação entre caminhos e descaminhos em Goiás; de Vanessa Teixeira, sobre as dinâmicas confraternais nos espaços urbanos da capitania de Minas; e de Francisco Andrade com respeito aos negócios dos irmãos terceiros do Carmo de Vila Rica em Minas. Também inserido no âmbito dos fluxos econômicos regionais, Tiago Gil estuda a produção de tecido de algodão no Vale do Paraíba no início do século XIX. Por fim, o texto de Paulo Roberto Oliveira, acerca das transformações ocorridas em Mariana entre a última década do século XIX e as duas primeiras do século XX.

Deve-se advertir que, mais do que resultados de pesquisa propriamente ditos, esta obra constitui um convite à exploração de uma forma de exercício de pesquisa histórica que exige, por imprescindível, a combinação de fontes de natureza diversa com os recursos oferecidos pela informática. A consequência deste esforço é uma narrativa histórica que permite a documentos até muito recentemente interrogados de maneira unívoca, testemunhar a ocorrência de fatos novos quando submetidos a procedimentos inovadores.

 

Sumário

Apresentação

     Ângelo Carrara

Introdução

     Álvaro de Araújo Antunes, Cláudia Damasceno Fonseca, Francisco Eduardo de Andrade

 

Parte I - Propriedades e convivências nas vilas, freguesias e arrabaldes

Os “tombos de terras foreiras” como objetos de estudo e como fonte para a história urbana, fundiária e social. Experimentações através do “SIG Mariana”

     Cláudia Damasceno Fonseca

Uma sociedade que se forma, um espaço que pulsa: a demarcação de terras de Vila Rica em 1737

     Tércio Veloso

Espaço e sociedade em mapas e censos: o caso do arraial do Tejuco (Diamantina) no terceiro quartel do século XVIII

     Júnia Ferreira Furtado

Caiena: transformações urbanas, propriedade e topografia social durante a ocupação portuguesa (1809-1817)

     Ivete Machado de Miranda Pereira

Habitar o espaço: população e famílias na freguesia de Guarapiranga, termo de Mariana, Minas Gerais, 1766

     Álvaro de Araújo Antunes e Marco Antônio Silveira

O Mosquito e seus arredores: espaço e habitação nas Minas Gerais dos séculos XVIII e XIX 155

     Fábio Carlos Vieira Pinto

Terra e família: transmissão da propriedade rural nas famílias de Curral del Rei, Minas Gerais, no século XIX

     Tarcísio Botelho

 

Parte II - Fisionomias urbanas e representações do espaço Urbano e rural no século XVIII mineiro: conceitos e definições históricas

     Eduardo França Paiva

Morfologia urbana da primitiva Vila de Ilhéus (séculos XVI-XVII): análise documental e georreferenciamento

     Iuri Dantas

História e morfologia urbana da Vila de São Jorge de Ilhéus nos séculos XVII - XIX: fontes e metodologias para a espacialização dos dados

     Ruana Alencar Oliveira

A constituição do espaço urbano da sede da Vila de Santa Maria Baependi a partir das Décimas dos prédios urbanos (1815-1833)

     Maria Cristina Neves de Azevedo

Apropriações do espaço e representações da paisagem: a cidade de Campanha no século XIX

     Patrícia Vargas Lopes de Araújo

Reconhecimento via satélite da estrutura urbana dos “sertões” no século XIX: Província de Goyaz

     Amanda do Couto e S. Pinheiro

 

Parte III - Trânsitos, economias e culturas do território

As mercês crioulas: dinâmicas confraternais no espaço urbano das Minas setecentistas

     Vanessa Cerqueira Teixeira

Filhos especiais da mãe de deus: os terceiros do Carmo de Vila Rica e os negócios das Minas nos setecentos

     Francisco Eduardo de Andrade

“Mais caminhos houvera e descaminhos haveria”: conflitos, circulação e tributos em Goiás (1725-1752)

     Vinicius Sodré Maluly

A reconstrução cartográfica como jogo: notas de uma pesquisa sobre a produção de tecido de algodão no Vale de Paraba no início do século XIX

     Tiago Gil

A economia da cidade de Mariana (MG) na Primeira República: uma pesquisa por meio das Atas da Câmara Municipal (1890 – 1915)

     Paulo Roberto Oliveira, Alan Henrique Delfino França Fonseca, Ana Luiza Gomes Araújo

 

Imagens

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