Autor: Fernando C. Cotanda
ISBN: 978-85-8054-656-9
Páginas: 302
Publicação: 2024
Encadernação: Brochura
O caráter político das inovações tecnológicas e organizacionais e a necessidade de agência do trabalhador é o foco central desse livro. Com essa proposta, enfatiza a dimensão política e a necessidade da participação negociada dos trabalhadores em todos os níveis decisórios que incidem sobre o processo de trabalho. A atuação sindical nesse campo de conflito, ao contrário de produzir um confinamento no plano micro, possibilitaria o estabelecimento de nexos políticos importantes entre os planos local e global das empresas. Além disso, a mobilização para além da mera reação aos efeitos negativos dos processos de inovação seria uma contribuição importante para a revitalização do movimento sindical em novas bases.
José Ricardo Ramalho
Professor Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro -UFRJ. Presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais ANPOCS (2014-2016). Membro do Comitê de Pesquisa em Sociologia do Trabalho- RC30 da International Sociological Association – ISA
Sumário
Introdução
Capítulo 1 - A revolução industrial inglesa até 1850. O trabalhador encontra o maquinismo capitalista
Capítulo 2 - A contribuição de Karl Marx para a problematização do processo de trabalho no capitalismo
Capítulo 3 - Sincronicidade histórica entre taylorismo, fordismo e socialismo real e suas consequências para a crítica ao trabalho na primeira metade do século XX
3.1 O taylorismo e o fordismo
3.2 A experiência soviética com o processo de trabalho
Capítulo 4 - O pensamento crítico sobre o trabalho do início a meados do século XX
Capítulo 5 - O “operaísmo” e o “maio de 1968”. Pensamento e luta contra o despotismo fordista/taylorista nos anos 1960.
5.1 O “Maio de 68” na França e o repúdio ao trabalho
5.2 O “Operaísmo” italiano e a fábrica.
Capítulo 6 - A problematização teórica do “processo de trabalho” a partir dos anos 1970
Capítulo 7 - O declínio do fordismo e a emergência da “reestruturação produtiva” e das políticas neoliberais.
Capítulo 8 - Negociações sindicais envolvendo inovações tecnológicas e organizacionais. Experiências internacionais e brasileiras dos anos 1980 às primeiras décadas do século XXI
8.1 Experiências internacionais de negociação no século XX
8.2 Experiências internacionais de negociação no século XXI
8.3 Experiências brasileiras de negociação no século XX
8.3.1 O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a Comissão de Fábrica da Mercedes Benz de São Bernardo do Campo negociando inovações tecnológicas e organizacionais
8.4 Experiências brasileiras de negociação no século XXI
Capítulo 9 - Balanço de quatro décadas de negociações sindicais sobre as inovações tecnológicas e organizacionais. Objetos negociados, efetividade, posturas sindicais e desafios.
9.1 Características das cláusulas contratadas: limites e oportunidades
9.2 A efetividade das cláusulas contratadas
9.3. As posturas sindicais frente à possibilidade de negociação
9.4 Desafios a influência sindical: capacitar-se para negociar e influir
Capítulo 10 - Desafios contemporâneos para o mundo do trabalho. Mercado de trabalho em desestruturação, precarização e novas tecnologias
Referências bibliográficas
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